Ashbel Green e sua missão no Brasil

Kali
3 min readAug 12, 2022

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Ashbel Green Simonton

NESTE DIA, 12 de agosto de 1859, Ashbel Green Simonton desembarcou no Rio de Janeiro, Brasil. “O que um ou dois missionários podem realizar em um império tão grande quanto os Estados Unidos?” ele havia perguntado. “A obra é tão perfeitamente sem esperança por mera ação humana que aqueles que a empreendem devem encontrar apoio descansando no poder de Deus ou então se desesperar.”

Em sete curtos anos, interrompidos por uma licença, ele realmente realizou muito. Ele fundou igrejas em várias cidades litorâneas, bem como no Rio de Janeiro, abriu a primeira escola dominical do Brasil, estabeleceu o Presbitério do Brasil, criou um pastorado indígena, fundou um seminário e iniciou um jornal da igreja.

Um componente importante de sua realização — um ministério rural — foi por meio da agência de outros. Ele recrutou seu cunhado Alexander Blackford para ajudar no trabalho. Blackford ouviu falar de um padre que lia a Bíblia em São Paulo e procurou o homem, José Manoel de Conceição. Conceição ouviu atentamente, convenceu-se da justificação pela fé e tornou-se um conquistador de almas trabalhador ordenado pela missão presbiteriana. Ele pregou para grandes audiências em todo o país.

Conceição foi especialmente eficaz nas áreas rurais. Os missionários eram tão poucos e o território tão vasto que ele imediatamente colocou as igrejas recém-fundadas nas mãos dos líderes locais. Isso provou ser uma estratégia sábia porque tornou os participantes de cada igreja responsáveis ​​por ela e não os de fora. Esse arranjo encorajou a expansão local e o surgimento de um forte pastorado nacional.

Durante sua licença em 1862, Simonton casou-se com Helen Murdoch. No entanto, ela morreu no Brasil em 1864, nove dias depois de dar à luz uma filha, também chamada Helen. Simonton estava com o coração partido.

Para dar continuidade ao seu trabalho com mais eficácia, Simonton mudou-se para o centro do Rio de Janeiro. Amigos imploraram para que ele repensasse a mudança, observando que ele estaria exposto à malária desenfreada lá. Ele retrucou que se os mercadores estrangeiros pudessem viver lá apenas para ganhar dinheiro, ele deveria estar disposto a fazê-lo para ganhar almas.

Como se viu, Simonton logo contraiu uma doença conhecida localmente como febre biliosa — possivelmente febre amarela. Indisposto, foi para São Paulo, onde a irmã e o cunhado criavam a pequena Helen. Simonton morreu lá em 9 de dezembro de 1867, com apenas trinta e quatro anos. Mas graças à sua visão, o Brasil desenvolveu seus próprios presbitérios.

Na última anotação do diário de Simonton, ele lamentou sua falta de crescimento espiritual, concluindo:

Quantas vezes minhas devoções foram formais e apressadas, ou perturbadas por pensamentos de planos para o dia! E os pecados muitas vezes confessados ​​e lamentados afirmaram seu poder sobre mim. Oh! Por um batismo de fogo que consuma minha escória; oh! por um coração totalmente de Cristo.

Fonte: Christianity Today

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Written by Kali

Amante da teologia luterana e esporadicamente dedicada a traduções.

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